sábado, 20 de fevereiro de 2010

Orfanato

Hoje fiz algo que estava em meus planos há tempos, e por alguma razão adiava. Visitei um orfanato. Ainda não sei com clareza minhas impressões... só fica em mim o quanto o tão pouco que fazemos, pode fazer a diferença num dia. Estava eu ali, toda desajeitada, e elas só queriam colo, brincar... uma carência tão grande de carinho, de afeto, de toque! A assistente social disse que metade daquelas crianças haviam sido separadas da família pela Justiça (a outra metade aguarda adoção), pelas mais diversas razões. Então não se precisa de muito para constatar os traumas que já vivenciaram, para estarem ali, tão ávidos de atenção. Cabe apenas Deus nos julgar, mas atitudes irresponsáveis como se colocar um filho no mundo, para abandoná-lo a sorte, não entra na minha cabeça. Minha parte condescendente diz que as famílias os deixaram ali porque não estavam aptos a criá-los, e outros o fariam melhor... o que pode ser até um ato de amor. Mas meu lado prático e realista sabe que não é assim que as coisas funcionam.
Muitas coisas se passam na minha cabeça e no meu coração, que só o tempo há de amadurecer.
That's it... queria dividir a experiência com vocês! Bom fim de semana para todos! beijos, Fê

Um comentário:

  1. Fer, tenho visto seu blog..estou achando maravilhoso..vc é uma pessoa incrivel....obga pela postagem..sinto-me realmente uma pessoa privilegiada por tê-la encontrado e bem como diz aquela frase:"O destino escolhe quem encontramos na vida..mas as atitudes decide quem fica..."

    Vou postar algo que achei interessante
    Tenho mais de 50
    Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
    Tenho muito mais passado do que futuro.
    Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
    As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
    Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
    Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
    Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
    Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
    Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
    Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
    Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
    Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana que sabe rir de seus tropeços,
    não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.
    Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
    O essencial faz a vida valer a pena.
    E para mim, basta o essencial!
    Autor desconhecido

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